Blog Onboarding_Prancheta 1

Recepcionando com Excelência: 5 Dicas para um Onboarding Eficiente

Tempo de Leitura: 4 minutos

Recepcionando com Excelência: 5 Dicas para um Onboarding Eficiente

Da contratação à autonomia na equipe, entenda como cuidar do processo de Onboarding de um novo colaborador

Conteúdo produzido por Yuri Micheletti

Receber alguém novo no trabalho é sempre uma experiência cheia de expectativas e possibilidades, já que o novo colaborador ainda não conhece por completo todas as atividades que farão parte da sua rotina. 

Por isso, é muito importante que o processo de integração, conhecido como Onboarding, seja organizado para recebê-lo da melhor maneira possível.

Aqui no Bridge, onde frequentemente abrimos processos seletivos para novos colaboradores, entendemos a importância desse momento. O Onboarding desempenha um papel crucial, moldando as primeiras impressões e garantindo uma transição suave para o novo ambiente de trabalho.

Reunimos algumas dicas, a partir da experiência do Bridge com Onboardings, para que a entrada do novo colaborador na sua organização seja a melhor possível. Confira! 👇

  • O que é o Onboarding?
  • 1. Faça um cronograma e alinhe com as referências da organização
  • 2. Faça um bom contato inicial com o novo colaborador
  • 3. Torne o onboarding acolhedor
  • 4. Receba bem a nova pessoa
  • 5. Acompanhe o progresso durante e após o Onboarding

O que é Onboarding?

Onboarding, que em inglês significa “embarcar”, é muito mais do que simplesmente apresentar as instalações da organização. É o primeiro contato com a cultura organizacional, colegas de trabalho e responsabilidades alinhadas durante o processo seletivo. Desde a aprovação até a pessoa estar com autonomia nas funções, o Onboarding compreende etapas como apresentações institucionais, treinamentos e alinhamentos que são fundamentais para a adaptação e conexão do novo colaborador.

Aqui no Bridge, por exemplo, esse processo funciona como uma ferramenta de gestão para garantir a plena inserção dos novos colaboradores no ambiente e na cultura do local, visando assegurar sua adaptação, conexão e retenção desses profissionais. Atualmente, como atuamos em diferentes modalidades de trabalho, todas as etapas essenciais do Onboarding no Bridge acontecem de maneira remota para que possamos incluir todo mundo no processo.

1. Faça um cronograma e alinhe com as referências da organização

Para começar com o pé direito, estabeleça um cronograma claro para o Onboarding. No Bridge, esse processo inclui alguns eventos, como:

  • Onboarding Institucional: são apresentados detalhes da cultura do Laboratório, nossa visão, missão e valores, nossas políticas e ferramentas de trabalho, entre outras especificidades;
  • Onboarding de Projetos: são apresentados os projetos e os produtos que o Bridge já desenvolveu e está desenvolvendo, como as equipes se estruturam, como funciona a metodologia ágil dentro delas e as tecnologias que são utilizadas;
  • Dicas de Trabalho Remoto: são apresentadas dicas de cuidado com a saúde para melhorar a experiência do trabalho e as ferramentas utilizadas pelos bridgers no dia a dia, como o Slack, o Drive, o Google Agenda, entre outros.

Além desses, há outros eventos que são marcados para a pessoa contratada dependendo da função que ela vai exercer, seja na Comunicação, Suporte ou Desenvolvimento. Por isso, também é muito importante ter o alinhamento com as referências da organização para garantir que o novo colaborador esteja ciente dos eventos planejados e das expectativas.

2. Faça um bom contato inicial com o novo colaborador

Sabe aquele ditado de que “a primeira impressão é a que fica”? Ao receber a notícia da contratação, envie uma mensagem calorosa de boas-vindas e dê os próximos passos para que o novo colaborador não se sinta perdido. 

Envie também os cronogramas dos eventos que vão acontecer (caso tenha), seus horários, documentos importantes e outras informações que vão ser úteis para a adaptação da pessoa contratada na organização. Isso não apenas tranquiliza o novo colaborador, mas também estabelece uma comunicação aberta desde o início.

3. Torne o Onboarding acolhedor

Desde o primeiro dia da nova pessoa na organização, é importante promover um ambiente acolhedor. Para isso, as referências desempenham um papel crucial, dando as boas-vindas, se apresentando, indicando quais serão os próximos passos e se mostrando disponíveis para sanar possíveis dúvidas (que, diga-se de passagem, são muito comuns neste momento inicial).

4. Receba bem a nova pessoa

Prepare-se para receber o novo colaborador. Realize uma reunião de apresentação e integração. É importante que essa recepção fuja um pouco da estrutura de uma reunião comum. Isso porque é necessário que ela se sinta à vontade na equipe e com as pessoas com quem vai trabalhar para que ela também possa evoluir dentro da organização. Nesse sentido, dinâmicas de apresentação, com perguntas como: o que mais gosta de fazer ou qual seu filme favorito, podem ajudar a quebrar a timidez, e fazer com que a pessoa se sinta acolhida e pertencente ao local.

A criatividade para dinâmicas de integração não tem limite, então use o que achar que faz mais sentido para sua equipe!

5. Acompanhe o progresso durante e após o Onboarding

O Onboarding não acaba após os eventos iniciais. Acompanhar a adaptação dessa nova pessoa, também faz parte do “embarque”. De acordo com as experiências do Laboratório, em geral, o período de adaptação dura cerca de 3 meses

Para facilitar a adaptação, é importante que a nova pessoa receba atividades mais simples (que irão variar de acordo com o cargo, é claro). Com o passar do tempo, o colaborador deve receber atividades mais complexas, conforme sua curva de aprendizado, que estejam alinhadas com a sua capacidade de trabalhar em diferentes processos ao mesmo tempo.

Além disso, a nova pessoa deve receber feedbacks constantes por parte da sua referência, para estar ciente do seu desempenho. Nesse ponto, é importante usar os conceitos da Comunicação Assertiva, para garantir um espaço de feedback saudável e proveitoso para todos os envolvidos.

O Onboarding é uma jornada que vai além das formalidades iniciais. É um investimento na adaptação, integração e sucesso contínuo dos novos colaboradores. Ao seguir essas dicas, o processo se torna mais eficiente e uma experiência memorável e motivadora para todos os envolvidos.


E aí, curtiu as dicas? Então continue nos acompanhando para conferir novos conteúdos!

@laboratóriobridge no Instagram 😉

Você pode se interessar por:


O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da gestão pública,  com parcerias firmadas com o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Educação.

MFI: sua forma de mapear o fluxo de informação de um projeto

MFI: mapeando o fluxo de informação em um projeto!

Tempo de Leitura: 5 minutos

MFI: mapeando o fluxo de informação em um projeto!

Case: entenda como mapeamos o Fluxo da Informação e desenvolvemos uma visão sistêmica do nosso projeto e-SUS APS

Amanda Bressan Fogaça e Mahara Aguiar

Imagine a situação: você está nos primeiros dias do seu novo trabalho, feliz com a perspectiva de fazer algo que gosta e vendo propósito no que está desenvolvendo. Só que começa a ter dúvidas sobre o fluxo de demandas e entregas.

“Com quem preciso validar meu trabalho? Pra onde ele vai depois que eu termino? Quem vai me dar o insumo para que eu possa começar?” Se as dúvidas não forem respondidas, é muito provável que você desanime por não entender o seu trabalho e suas responsabilidades. Seria muito mais fácil se já existissem essas respostas em mãos assim que entrou no trabalho.   

Ter uma noção clara do que precisa ser feito para o desenvolvimento de um projeto é sempre trabalhoso, mas necessário. Seja ele algo novo ou um processo antigo. Não saber quais as partes envolvidas em cada etapa do projeto pode tornar o trabalho difícil e o tempo de execução maior do que o previsto. 

Mapear o fluxo da informação do projeto pode ser um bom caminho para prevenir estes problemas! 

Aqui no Laboratório Bridge, a ideia de desenvolver o Mapa ou Mapeamento de Fluxo da Informação (MFI) surgiu da necessidade de compreensão mais detalhada do nosso projeto pioneiro, o e-SUS APS. Com o MFI, passamos a ter uma visão sistêmica do processo e facilitamos a identificação de melhorias. 

Para saber as etapas desse case interno de sucesso, acompanhe o blogpost! 

  • O que é o MFI
  • Porque realizamos o MFI no Bridge
  • Qual a função do MFI na rotina
  • Os benefícios reais de um MFI

O que é o MFI? 

A sigla MFI representa Mapa ou Mapeamento de Fluxo da Informação, e provém de uma derivação do Mapeamento de Fluxo de Valor (MFV). Bastante utilizado na indústria (no famoso chão de fábrica), o MFV é uma ferramenta do Lean Manufacturing. 

De forma análoga, podemos resumir o MFI como a representação visual de um processo. Só que não estamos na indústria, e como organização de tecnologia, não desenvolvemos algo tangível. Por isso, consideramos que a matéria prima do Bridge, a coisa que transita entre nossas equipes até o desenvolvimento final de nosso produto, é a informação (por isso a utilização do MFI, e não do MFV).

Mas afinal, qual a diferença entre o MFI e um mapeamento de processos? 

Os objetivos de cada um são diferentes! O mapeamento de processos objetiva representar a ordem das atividades e o caminho percorrido, desde a matéria prima recebida do fornecedor até a entrega do produto ao cliente. Ele serve para identificar, compreender e formalizar os processos de uma organização, para assim poder realizar melhorias.

 Já o MFI, que segue a filosofia do Lean (assim como o MFV), além de possuir o caráter representativo do fluxo de informação, busca compreender quais atividades neste fluxo estão gerando ou não valor. Assim, se podem traçar melhorias que reduzam as atividades que não geram valor ao cliente/usuário final e potencializam as que agregam valor.

Por que realizar o MFI no Bridge?

Utilizamos as metodologias ágeis (scrum e kanban) para gerenciar nossos projetos no Laboratório Bridge. Por isso, temos equipes autogerenciáveis. Ou seja, não trabalhamos com processos engessados e padronizados  –  temos nosso fluxo de trabalho em comum, mas cada equipe possui suas peculiaridades, de acordo com o seu método de trabalho e sua demanda. 

São nove equipes de desenvolvimento trabalhando neste projeto, cada qual com suas particularidades. Por essas diferenças, identificamos  a necessidade de tornar visual o processo de desenvolvimento no projeto e-SUS APS e  possibilitar a compreensão dos “padrões” e “não padrões” nas diferentes equipes.

O desenvolvimento do MFI foi realizada por meio de um projeto com: 

4 Ciclos de OKR

15 pessoas envolvidas diretamente

9 pessoas entrevistadas

14 encontros

15 versões de fluxogramas elaboradas

Como os números mostram, elaborar um MFI necessita de envolvimento e muita dedicação. Após as quatorze versões anteriores, nossa 15ª é a versão final de entrega – o que não significa que ela não poderá ter melhorias no futuro. Aliás, não só pode, como deve! 

Nosso fluxo mapeado inicia na etapa de negociação, seguido pelas etapas de descoberta do produto, desenvolvimento nas equipes ágeis e quality assurance (QA), respectivamente. Ele foi desenvolvido na linguagem BPMN, nos softwares Bizagi Modeler e Bizagi Studio

Parte do fluxo do MFI – representação em linguagem BPMN

Como representado na imagem acima, para uma melhor visualização, o MFI também conta com diferentes raias. A raia horizontal representa o fluxo que está sendo mapeado –  no caso, o MFI e-SUS APS. As raias verticais representam a etapa do processo: briefing, ideação e prototipação, delimitação e refinamento, desenvolvimento, etc.

Por fim, cada atividade é representada por uma das caixinhas ao longo do modelo. Elas possuem uma breve descrição e detalham os participantes daquela atividade. Além disso, também informam as pessoas que são responsáveis e as que devem ser consultadas e informadas sobre a execução da atividade em questão. 

Imagine a praticidade de já ter tudo isso mapeado e descrito, quando você chega em um novo trabalho ou tem uma inserção em um novo projeto! 

Exemplo de descrição de uma atividade no MFI 

E qual a função do MFI na rotina?

Depois de mapear o fluxo da informação, é preciso garantir que esse trabalho não será em vão. Em outras palavras, é preciso arranjar maneiras de tornar o MFI o mais prático possível, para que todas as pessoas possam inseri-lo em suas rotinas. 

No Bridge, contamos com a ajuda de um dos nossos guardiães da cultura (fala, Chris!) para desenvolver um site do Google e  facilitar o acesso ao nosso fluxo. Assim, tornamos acessível a representação visual e suas descrições a todos colaboradores do Bridge. 

Os benefícios reais de um MFI

De forma resumida, construir o MFI trouxe os seguintes benefícios: 

  • Ter uma visão sistêmica do processo de desenvolvimento no projeto e-SUS APS;
  • Esclarecer responsáveis pelas etapas;
  • Construir uma ferramenta de auxílio para treinamento/onboarding de novos colaboradores;
  • Facilitar a identificação de melhorias no fluxo de trabalho do projeto;
  • Auxiliar na  identificação de anomalias no processo existente.

Assim, por meio do projeto de Mapeamento do Fluxo de Informação do e-SUS APS, identificamos e mapeamos melhorias no fluxo de trabalho e abrimos as portas para o mapeamento de outros projetos e áreas do Laboratório. 

Uma vez que o projeto foi finalizado, o MFI tornou-se um processo no Laboratório. Se você também se inspirou a fazer um MFI de algum projeto, não o abandone assim que for concluído. 

Por aqui, há uma manutenção a cada seis meses, onde a equipe de Melhoria Contínua do Núcleo de Gestão revisa o fluxo existente com os principais envolvidos no projeto e realiza as alterações necessárias. Assim, garantimos, além de todos os benefícios citados, a gestão do conhecimento desse processo!


E aí, curtiu as nossas dicas? 

Se você gostou desse artigo, dá uma olhada nos outros conteúdos que temos no blog do Laboratório Bridge!


O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).