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Cinco lições sobre inovação e trabalho que aprendemos com Gino Terentim

Confira o que aprendemos com o professor e expert em gerenciamento de projetos na palestra exclusiva do nosso evento de 10 anos

Produzido por Mahara Aguiar

Em fevereiro de 2023, completamos a primeira década de história do Laboratório Bridge. Como um marco tão importante quanto esse tem que ter uma comemoração à altura, criamos um evento cheio de momentos únicos para os bridgers, nossas pessoas colaboradoras. 

Uma das pessoas que acreditou no nosso propósito foi o professor e expert em criatividade, gerenciamento de projetos e agile, Gino Terentim! Ele fez o encerramento oficial do nosso evento com uma palestra voluntária incrível sobre inovação, colaboração e longevidade organizacional. 

E como ser bridger também significa compartilhar conhecimento, neste conteúdo trouxemos cinco insights que tivemos durante a palestra do Gino. 

Se quiser aumentar suas conexões e percepções sobre questões como conflitos, mudanças, erros e colaboração, fica com a gente! 👇

  • Mudança não é algo novo. Se preparar para isso é o mínimo 
  • Saiba porquê você faz o que faz e crie mais conexões 
  • Ikigai: os quatro pilares de uma vida com valor 
  • Não ter discussões não significa que um time está saudável
  • Errou? Não foque no erro, mas nos acertos do passado

Mudança não é algo novo. Se preparar para isso é o mínimo 

Sim, o mundo está mais acelerado hoje do que 100 anos atrás. Inovações surgem (e morrem) com muito mais rapidez e é difícil se adaptar às novidades tão frequentes. Mas a mudança não é nova. 

Heráclito de Éfeso (540 a.C. – 470 a.C.), grande filósofo da antiguidade grega, já sabia disso 2500 anos atrás, quando disse uma das frases mais famosas da filosofia ocidental: a única constante da vida é a mudança. Ou seja, não dá pra ignorar a existência de uma sabedoria de tantos séculos e dizer que só agora a mudança passou a ser frequente na nossa vida, né?  

E pior, como dizer que não estávamos prontos para algo que, literalmente, sabemos que sempre vai acontecer? 

Será que é medo do que a mudança representa? Para muitas pessoas e organizações, mudança é sinônimo de dor de cabeça. Mas não precisa ser. Mudar é passar de um estado para outro, diferente. Simples assim. Cada pequena alteração em si, na organização, produto ou serviço, já é uma mudança. 

E sabendo de tudo isso, o que resta?  Começar a tratar de  inovação contínua. Transformar a ideia de que inovar deve ser um projeto com começo, meio e fim, e que devemos esperar que a mudança aconteça para nos adaptarmos. Só assim podemos nos preparar para a inevitabilidade da mudança.  

Saiba porquê você faz o que faz e crie mais conexões 

Se você está no meio de negócios, comunicação ou curte desenvolvimento pessoal, já deve ter ouvido falar do círculo dourado de Simon Sinek. Ele nos fala que, para ter sucesso em inspirar outras pessoas a seguir suas ideias, você precisa ter o seu porquê claro. 

Afinal, o que isso significa? Que pessoas se conectam muito mais por histórias compartilhadas do que coisas materiais ou processos operacionais. Nos motivamos e inspiramos em propósitos e valores compartilhados – o nosso porquê. 

O círculo dourado de Simon Sinek nos mostra os três arcos: por quê, o arco mais interno, é nosso propósito. Como, o arco central, são as nossas normas e processos. E o quê, o arco mais externo, é o produto ou serviço em si.

Poucas pessoas conseguem ir além do “o que fazem” – o arco mais externo do círculo dourado. É como a maioria das pessoas se define, especialmente no meio profissional: ser cabeleireiro, palestrante, desenvolvedor, analista de dados. Uma organização de tecnologia, finanças ou logística.

Mas o que realmente diferencia lideranças e organizações que  prosperam é ir além das duas primeiras camadas do círculo dourado (ou seja, o que se faz e como se faz). Saber o porquê se torna um guia para decisões, parcerias e novos caminhos. 

Se o seu “o quê” for ser professor, talvez seu porquê seja querer transformar as pessoas com o conhecimento. Se você for desenvolvedor de sistemas, talvez seja possibilitar rotinas melhores para as pessoas. 

Ou, no caso do Bridge, contribuir para o bem das pessoas com tecnologia e inovação!  

Ikigai: os quatro pilares de uma vida com valor 

“O Ikigai nos ajuda a responder uma das perguntas mais difíceis nos dias de hoje: por que fazemos o que fazemos?”, indagou Gino Terentim em sua palestra nos 10 anos do Bridge. E, quando bem aplicado no autoconhecimento, é uma grande ferramenta. 

Ikigai é um conceito japonês que significa o motivo pelo qual se acorda todos os dias; a razão pela qual as pessoas sentem prazer em viver. E ele é composto por quatro dimensões interrelacionadas: o que amamos fazer, o que fazemos bem, o que nos traz retorno e o que as pessoas precisam que façamos. 

A grande virada de chave é perceber que, caso haja um desequilíbrio entre esses quatro pilares, as nossas atividades sempre parecerão desconectadas de nós, sem significado ou valor. 

Se você faz bem algo que ama e é necessário para as pessoas, mas isso não dá retorno, em certo momento a escassez vai bater à porta. 

Se você tem retorno em algo que faz bem e é necessário, mas que você não ama fazer, eventualmente terá desgosto.

Se você faz algo que ama, que traz retorno e que é necessário, mas não sente que faz bem, é aí que vem o sentimento de incompetência.  

Por fim, se você faz algo bem, ama o que faz e traz retorno, mas não é algo que seja necessário para as pessoas e para o mundo, em algum momento poderá se sentir inútil.

E embora sejam sentimentos extremamente comuns, ninguém gosta de se sentir desse jeito, não é? Mas até isso pode ser usado a seu favor. Perceber esses sentimentos é um bom indicativo do que está em falta. Assim, fica mais fácil encontrar formas de ver mais valor no que já está na sua vida e identificar o que, de fato, precisa mudar. 

Não ter discussões não significa que um time está saudável

Passar semanas trabalhando em equipe sem que haja nenhuma discordância ou debate nas reuniões parece o paraíso, né? Sinal que os processos de trabalhos estão fluindo, a equipe está conectada, tudo vai bem… Só que não é beem assim. 

Que fique claro: um ambiente sem brigas ou confrontos é o mínimo a se esperar de um local de trabalho. Mas estamos falando de discordâncias entre pontos de vista diferentes, dos conflitos necessários para achar uma solução quando o time enfrenta algum problema. 

Isso porque conflitos e debates só acontecem quando há confiança suficiente para que nossas opiniões sejam mostradas e respeitadas. E confiança é a base para que um time trabalhe bem. O bom funcionamento de equipes, por sua vez, é o que faz uma organização prosperar.

O conceito está no livro “Os cinco desafios das equipes”, do autor Patrick Lencioni, lançado em 2002. Vale a pena ler e perceber se está passando por algum desses desafios na sua equipe, já que o livro também mostra como resolvê-los.  

Errou? Não foque no erro, mas nos acertos do passado

Para finalizar, uma lição não só para a vida profissional, mas para a pessoal, acadêmica, relacionamentos, tudo! O fato é que quando erramos em algo, ainda mais quando o erro é feio, geralmente ficamos pensando nele por muito tempo. “O que eu poderia ter feito diferente? Como eu pude errar assim?”. 

Mas e se houvesse uma forma mais saudável – e produtiva – de lidar com nossos erros? É o que prega a tradição Zulu, etnia presente em países do sul africano. 

Quando alguém comete um erro, é comum que outras pessoas o cumprimentem com a palavra “sawabona”, que na língua zulu significa “eu valorizo você”, e então lembrem algo de bom que a pessoa tenha feito no passado. Ao final, a pessoa que cometeu o erro lhe responde “shikoba”: “então, eu existo para você”.

Não se trata de ignorar erros ou não tentar repará-los. Trata-se de relembrar, repetidamente, que apesar dos nossos erros, os nossos acertos também existem. E que é melhor gastar tempo tentando acertar – ou reparar erros – do que ruminando no que foi feito de errado. 


Essas pílulas de conhecimento são uma parte pequena do que foi compartilhado pelo Gino Terentim conosco. Mas, como você viu nesse blogpost, as menores coisas podem fazer uma grande mudança. E se você veio em busca de melhoria e mudança, é isso que esperamos que tenha acontecido com você!

Caso queira conhecer mais do trabalho e reflexões do Gino, é só se conectar com ele

E se também curtiu aprender com o Bridge,  continue nos acompanhando para conferir novos conteúdos!

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O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da gestão pública,  com parcerias firmadas com o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Educação.

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