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Tempo de Leitura: 4 minutos

Comunicação assertiva: como falar o que eu penso respeitando o próximo?

Como aplicar na prática a habilidade social que promove boas relações interpessoais

Marina Soares e Thayse Silveira

Imagine a seguinte situação: você trabalha duro a semana inteira, mas, na sexta-feira, se prepara para fazer um jantar lindo para o namorado ou namorada. Com tudo pronto, a pessoa se atrasa 10, 20 minutos e você releva, mas manda mensagem para saber o que está acontecendo. Não recebe resposta. Então, a pessoa se atrasa 1 hora, sem avisar nada. 😓

Como você reage? O que você fala? Que gestos e tom de voz usaria?

Situações como essa desencadeiam diversos tipos de comunicação que podem ser negativas para si mesmo e para as relações. Mas, como se comunicar de forma clara, direta e segura?

Para falar sobre comunicação assertiva, trouxemos um artigo completo para tirar todas as dúvidas, além de um passo-a-passo de como aplicar as técnicas na prática. Vem com a gente!

  • O que é assertividade?
  • Tipos de comunicação
  • Comunicação agressiva
  • Comunicação passiva
  • Comunicação assertiva
  • #NaPrática

O que é assertividade?

A assertividade é uma habilidade social avançada que consiste em conseguir verbalizar aquilo que é pertinente a um determinado momento de forma direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito das outras pessoas.

Podemos entender a assertividade como uma virtude que pode ajudar em suas habilidades na comunicação diária. É ir direto ao ponto, falando sem deixar dúvidas e garantindo que sua mensagem seja bem entendida pelos receptores, com total segurança e sinceridade, sem enrolação. A priori, a assertividade promove boas relações interpessoais com a escuta ativa

Tipos de comunicação

Quando nos comunicamos, podemos nos expressar de três formas: agressiva, passiva ou assertiva. Então, bora entender cada uma delas!

Comunicação agressiva

A comunicação agressiva é aquela em que a defesa dos direitos pessoais e a expressão dos sentimentos e pensamentos acontecem de forma inapropriada, intensa, violando os direitos de outra pessoa. É uma comunicação que intimida, coage e ameaça. Na prática, é aquela pessoa que tá sempre na defesa, com a política no estilo “eu falo mesmo, sou sincerão”.

A agressão pode acontecer de forma direta ou indireta

👉Diretamente, a comunicação pode se expressar por meio de ofensas, insultos, comentários hostis e ameaças. Além disso, pode aparecer em componentes não-verbais, como: punhos cerrados, cenho franzido e violência física. 

👉Já na forma indireta, por meio de comentários sarcásticos, rancorosos, maliciosos. No geral, é uma comunicação passivo-agressiva.

Essa comunicação resulta em relações pouco duradouras e satisfatórias, já que os receptores tendem a evitar contato.  Eles se sentem intimidados, com direitos negados, humilhados, manipulados e desconfiados. Já o emissor tem suas atitudes reforçadas por conseguir se expressar e fazer valer a sua opinião.

Comunicação passiva

Ao contrário da agressiva, esse tipo de comunicação se anula em prol de evitar conflitos. As próprias opiniões do emissor são desconsideradas, em função da inabilidade de expressar honestamente como se sente.

Ele tem sentimentos ou pensamentos auto derrotistas, desculposos, com falta de autoconfiança. Na linguagem não-verbal é possível perceber sinais como falar baixo, com a cabeça baixa, evitar contato visual, ter uma postura curvada e, é claro, acúmulo de estresse.

O emissor é negligenciado, pode se sentir sobrecarregado e insatisfeito consigo pela inabilidade de se expressar e por ser responsável pelas consequências negativas da sua falta de expressão.

Comunicação assertiva

E a queridinha das relações interpessoais: a comunicação assertiva! É a expressão direta dos próprios sentimentos e opiniões, sem ameaçar, constranger, manipular ou castigar o outro. A asserção se relaciona ao respeito: por si mesmo e pelo outro – ou seja, exige empatia!

Seu propósito é a comunicação clara, direta e não-ofensiva no alcance dos objetivos. Na comunicação não-verbal, é possível ver equilíbrio de voz, não hesitação, calma, contato visual, gestos equilibrados e receptividade ao escutar.

Não tem como propósito a ausência total de conflitos, mas maximiza as consequências favoráveis e minimiza as consequências negativas. É importante frisar que os problemas não desaparecem, por isso precisamos ter em mente que há momentos de adaptação. Ao conhecer e dominar essas formas de comunicação, a gente consegue fazer o necessário para cada momento com maior controle e autoconhecimento.

Benefícios da comunicação assertiva

No geral, os benefícios são vários, dá uma olhada:

  • Evita conflitos
  • Minimiza ruídos na comunicação
  • Facilita a compreensão
  • Permite relações construtivas
  • Favorece a autoconfiança, autocontrole e segurança
  • Reduz ansiedade, estresse e frustração na comunicação

No trabalho, os benefícios também são diversos! 

#NaPrática

Nem tudo são flores! Mesmo quando lidamos adequadamente com a asserção, não deixando que ela seja agressiva ou não-assertiva em nenhum grau, podemos ter reações negativas por meio dos receptores, como:

  • Revides
  • Vingança
  • Agressões
  • Crises de temperamento
  • Desculpas excessivas
  • Reações psicossomáticas

E, às vezes, nessas horas é interessante optar por uma comunicação mais passiva! Tem hora que o silêncio é a melhor resposta. 

Tudo é uma questão de análise. A importância de entender sobre comunicação assertiva é ter consciência de como você está se comunicando e ter o poder de escolha sobre como reagir de forma consciente. É ter noção de que cada escolha acarreta consequências nas relações interpessoais.

Mas, no geral, o melhor é ser assertivo. Portanto, é importante entender como colocar isso em prática. Então, bora treinar!

  1. Reflita sobre a sua assertividade (linguagem verbal e não verbal)
  2. Identifique em que momentos tende a ser passivo e em que momentos tende a ser agressivo
  3. Pense em diferentes formas de responder à situação, considerando os seus valores e sentimentos
  4. Lembre-se de se expressar em primeira pessoa, assumindo a responsabilidade sobre os seus sentimentos e comportamentos (responsabilidade ≠ culpa)
  5. Exercite em situações imaginárias
  6. Aplique em situações reais
  7. Peça feedbacks para pessoas de confiança
  8. Perceba os efeitos nos relacionamentos, autoestima e autoconfiança 💙

E aí, curtiu as nossas dicas? 

Se você gostou desse artigo, dá uma olhada nos outros conteúdos que temos no blog do Laboratório Bridge!


O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

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