Políticas Kanban em equipes ágeis

Políticas Kanban em equipes ágeis: será que precisa ser (tão) padronizada?

Tempo de Leitura: 4 minutos

Políticas Kanban em equipes ágeis: será que precisa ser (tão) padronizada?

Compreenda como agregamos valor às equipes ágeis por meio da autonomia no processo.

Conteúdo produzido por Amanda Bressan Fogaça

Há 4 anos, o Laboratório Bridge tem dedicado esforços para potencializar a sua transformação ágil. Dentre diversos processos e ferramentas implementadas, a  busca pela gestão do conhecimento e a necessidade de centralização das informações tem se tornado mais presente. Hoje, temos 14 equipes ágeis de desenvolvimento distribuídas dentro de 3 projetos de contextos e maturidades completamente diferentes. O documento de políticas Kanban das equipes ágeis serve como centralizador das rotinas de cada equipe e suas diretrizes.

Nesse blog vamos te contar sobre a elaboração destes documentos e o valor deles na prática. Vem com a gente! 👇

  • O que é o documento de políticas Kanban das equipes ágeis? 
  • Por que focar em documentação? 
  • A padronização que não foi (tão) padronizada 

O que é o documento de políticas Kanban das equipes ágeis?

O documento de políticas Kanban tem como objetivo explicitar as regras de funcionamento do fluxo de trabalho de cada equipe e suas práticas realizadas no board, servindo como peça chave para o treinamento de novos membros e facilitando a gestão do conhecimento da organização.

Ele também serve de apoio para o Agile Coach da organização conseguir compreender as diferentes rotinas e especificidades das equipes, mesmo não estando próximo de todas elas cotidianamente. Antes do documento, o Agile Coach precisaria contatar o Scrum Master para compreender peculiaridades do board e/ou planilha Kanban da equipe. O documento veio para tornar esse processo de busca mais rápido e acessível.

A estrutura do nosso documento de políticas Kanban possui as seguintes especificações:

  • Unidade de estimativa utilizada pela equipe. Damos autonomia para a equipe escolher qual a unidade de estimativa faz sentido para o seu contexto (horas, pontos ou dias, mas isso é papo para outro post 😉);
  • Modelo de trabalho da equipe (multidisciplinar ou não);
  • Coeficientes para cálculo aproximado de previsibilidade da capacidade da equipe, se existir;
  • Visualizações disponíveis no board da equipe no Github;
  • Colunas do board da equipe e suas descrições, visto que as equipes possuem autonomia para detalhar as etapas do seu fluxo de trabalho (desenvolvimento, code review interno, code review externo, filas, etc.);
  • Regras do board (fluxo de demandas, delimitação do WIP, sentido das colunas, etc);
  • Glossário de labels utilizadas pela equipe para identificar suas tarefas no board.

Por que focar em documentação?

Esse documento facilita:

⭐ a compreensão do processo da equipe para novos membros (olha o onboarding aí, minha gente)

⭐ a troca de conhecimento e experiência entre as equipes (caso alguém tenha dúvida e queira entender como o processo está rodando na outra equipe)

⭐que o  Agile Coach e os supervisores dos projetos consigam compreender mais de perto a realidade e os processos de cada equipe sem a necessidade de questionar o Scrum Master

A padronização que não foi (tão) padronizada

Por mais que todas as equipes do Lab sigam o mesmo método de trabalho, o próprio método ágil indica que elas sejam autogerenciáveis e adaptáveis. Isso significa que mesmo diante de processos previamente estabelecidos, as equipes ágeis são autônomas para modificar ou ajustar esses procedimentos.

Ou seja, ao considerar o cenário do Bridge onde cada equipe possui :

👍 um contexto diferente

👍uma maturidade diferente

👍e pessoas diferentes (lembra daquele valor do manifesto ágil: pessoas MAIS QUE processos?)

Percebe-se que, o que funciona para uma equipe não necessariamente vai funcionar para outra. E está tudo bem!

Mesmo definindo critérios claros de aceite para estes documentos, as equipes puderam desenvolvê-lo de acordo com o funcionamento da rotina de cada uma e suas necessidades (nível de detalhamento, nome das seções, ordem delas, imagens, etc). Nas imagens abaixo é possível visualizar 3 documentos de equipes diferentes que possuem uma estrutura similar, entretanto com características próprias: 

Supernova – políticas do kanban descritas dentro da planilha kanban da equipe. Optaram por centralizar tudo em um só lugar.

RNG – documento objetivo

Legacy – documento completo, contendo fluxo criado no miro para explicação das etapas do fluxo de desenvolvimento

Este artigo demonstra a implementação dos valores do manifesto ágil na rotina das equipes ágeis do Laboratório e principalmente do valor: indivíduos e interações MAIS QUE processos e ferramentas.

Afinal, do que adianta criar um modelo de documento padrão para todas as equipes se ele não permite adaptabilidade para cada contexto? 💡 Fica a dica! O documento só vai fazer sentido se estiver adaptado ao perfil e necessidades da equipe e/ou organização. 

Ágil é permitir que as equipes sejam autônomas e autogerenciáveis para se adaptarem de maneira rápida às mudanças.


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O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da gestão pública,  com parcerias firmadas com o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Educação.

CEO Talks Agile Trends

Três vezes Bridge no Agile Trends Gov!

Tempo de Leitura: 5 minutos

Três vezes Bridge no Agile Trends Gov!

O que significa para o Laboratório a experiência no evento; nas palavras do seu CEO!

Por Jades Hammes, CEO do Laboratório Bridge

Em agosto de 2022, o Agile Trends Gov, principal conferência de agilidade para o setor público no Brasil, voltou a acontecer de forma presencial. Nos três dias de evento em Brasília, centenas de pessoas do setor participaram de debates, palestras e workshops sobre as principais tendências em gestão, metodologias ágeis e iniciativas inovadoras na esfera pública. 

Nesta edição, o Laboratório Bridge esteve presente não apenas como espectador, mas com três palestras no palco principal!

E quem vem narrar o que essa vivência significou para o Bridge é nosso CEO, Jades Hammes!

Para dar a dimensão do orgulho que foi ver o Bridge subir ao palco três vezes durante o Agile Trends Gov, eu preciso primeiro falar um pouco sobre o passado. O Laboratório Bridge, desde seu início, sempre buscou a inovação e a melhoria contínua. Nesses quase 10 anos, passamos por várias fases de aprendizado e de maturidade!

Crescemos estudando, aperfeiçoando e buscando conhecimento para aplicar as melhores práticas de processos, modelos de gestão estratégica e de pessoas e, claro, metodologias de desenvolvimento de software.

A nossa cultura organizacional surgiu junto com essa evolução institucional, e já nasceu com o espírito de compartilhar conhecimento. Está no DNA bridger divulgar internamente o que aprendemos no nosso dia-a-dia, buscar novas experiências, conceitos e vivências, seja na literatura ou conversando com outras organizações! Acreditamos que assim conseguimos ser melhores e entregar melhores resultados.

O time do Laboratório tem um propósito nato de fazer tudo bem feito! Tanto que uma de nossas frases culturais é “fazer bem feito, inclusive o café”. Afinal, adoramos um café de qualidade, mas amamos resultados surpreendentes. ☕

Fazer bem feito, e compartilhar o caminho!

Temos tanto orgulho dos produtos que desenvolvemos, e o do jeito bridger de ser, que passamos a sentir necessidade de compartilhar com o mundo o que aprendemos. De contar para outras pessoas sobre como trabalhamos, como buscamos mudar o Brasil com tecnologia e inovação. Assim, passamos a procurar oportunidades de contar nossas histórias de sucesso (e também de aprendizados, que temos constantemente). E é aí que entra o Agile Trends Gov na nossa história. 

Passamos a promover eventos para a comunidade acadêmica da nossa universidade e para o público geral. É uma forma de devolver para a sociedade e os estudantes tudo o que é investido nas universidades públicas, já que somos um Laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina.

Buscamos também mostrar o Bridge para o Brasil e o mundo com a publicação de artigos científicos e participação em eventos como seminários e congressos. Desde então, nos eventos que nos inscrevemos, já tivemos aplicativos premiados, fomos eleitos o melhor laboratório de inovação do sul do país, etc…

E, recentemente, um evento nos chamou atenção: o Agile Trends Gov. Alguns fatores despertaram nosso interesse. O evento gira em torno da agilidade, algo que corre nas veias bridgers. E vai além: trata de agilidade e gestão de qualidade no governo. É fantástico, novo e há quem diga, inusitado!

Como principal conferência de agilidade para o setor público, o Agile Trends Gov apresenta diversos cases repletos de resultados e valiosas lições aprendidas. Para nós, que desenvolvemos produtos para a educação e saúde pública, tem tudo a ver! Pensamos: “bora participar?”.

Logo, três áreas do Bridge se prontificaram a relatar suas vivências no evento, e enviamos propostas de palestras. Parece clichê, mas quando eu li, eu sabia que os três textos seriam aceitos. E adivinha? Os três trabalhos foram selecionados para o Agile Trends Gov 2022!

O brilho das bridgers! 

O Bridge foi representado pela Luísa Lacerda, Supervisora do Núcleo de Gestão, pela Miliane, nossa Assessora Jurídica, e pela Thaísa Lacerda, nossa Product Manager. No universo predominantemente masculino que ainda é a área da tecnologia, o Bridge ser representado por três forças femininas dentro do Laboratório engrandeceu ainda mais a nossa participação!

Em linhas gerais, estar em um evento que gira em torno da melhoria da qualidade do serviço público é ter esperança num Brasil melhor, com foco no cidadão! Era clara a busca pelo aperfeiçoamento de cada órgão, alinhando-se com o que há de melhor no mercado e no mundo.

Sentíamos a sinergia a cada palestra, cada case apresentado, cada troca de experiência, permitindo que cada um pudesse expandir ainda mais os horizontes na busca pela perfeição do seu trabalho.

O auge do Agile Trends Gov 2022 (na minha visão particular, é claro) foi ver cada uma das bridgers subir ao palco para falar à plateia lotada das nossas dificuldades, sem medo, e ao mesmo tempo, contar o como e o porquê buscamos ser a diferença!

Nossos cases foram sobre a atuação do OKR em três áreas diferentes dentro da nossa organização, e mostraram que um verdadeiro alinhamento de objetivos é que faz a gente se apaixonar pelo nosso propósito. 

Eu vi cada bridger que dedica seu trabalho por um Brasil melhor refletido nas vozes, gestos, olhares e palavras das nossas palestrantes. Bridgers que exploram mundos por vezes desconhecidos, mas que vão trazer benefícios, seja para nossos colegas, nosso produto ou, sobretudo, para o cidadão, através dos nossos entregáveis.

Eu pude perceber a alegria delas em saber que o que passamos também foi desafiador para outros órgãos, mostrando que, apesar das dificuldades, nós seguimos evoluindo! Eu vi o brilho no olhar delas ao serem aplaudidas, e em seguida, serem procuradas para receber elogios e ouvir “como vocês conseguiram?”. Éramos uma das poucas instituições de ensino a estar palestrando, o que só reforça nosso compromisso de compartilhar com a comunidade o conhecimento que adquirimos.

E uma palavra final! 

Como CEO do Laboratório Bridge, eu entendo que compartilhar o que a gente faz, do jeito que a gente faz, é provar que estamos alinhados com o que há de mais moderno em modelo de gestão. No Agile Trends, pudemos olhar atentamente o que outros órgãos estão fazendo, e percebemos que estamos no caminho certo. 

Espero motivar ainda mais os bridgers a compartilhar nosso dia-a-dia e provar que nossa inquietude pela melhoria contínua vale a pena. E vale mais a pena ainda absorvemos mais conhecimento, compartilhar os nossos e nos tornarmos melhores. Dessa forma, vamos continuar aprimorando e mostrando ao mundo como é fazer sistema, fazendo o bem às pessoas; melhorando o Brasil com Tecnologia e Inovação!


O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde e educação pública.