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b_agile: a nova ferramenta para medir a maturidade ágil da sua equipe de desenvolvimento

Saiba mais sobre a construção e aplicabilidade da ferramenta própria do Bridge que mensura a maturidade ágil das equipes de desenvolvimento

 

Por Amanda Bressan Fogaça e Anna Cláudia Corrêa

 

Em um mundo de metodologias ágeis prontas, o que fazer quando nenhuma se encaixa perfeitamente à realidade da equipe?

No Bridge, a resposta foi, após adaptações, criar algo novo e que fizesse sentido com o contexto do Lab! Assim nasceu a b_agile, nossa ferramenta que não só mensura o desempenho, mas também incentiva a evolução contínua e a autonomia das equipes.

Quer saber tudo sobre a ferramenta? Vem conferir! 👇  

    • O contexto do Laboratório
    • A criação da b_agile
    • O processo de aplicação
  •  

O contexto do Laboratório

O Bridge, enquanto um laboratório universitário, possui singularidades em relação ao padrão de empresas privadas do mesmo nicho. Sendo assim, seguir scripts prontos de outros métodos e frameworks já existentes não parecia ser o caminho para a mensuração da maturidade ágil de nossas equipes de desenvolvimento. 

Pensando nisso, buscamos #SerADiferença e desenvolvemos um método ágil próprio, que une as melhores práticas do mercado, adaptando-as à nossa realidade para criar um espaço flexível, ajustável para diferentes contextos internos e que incentiva a autonomia das equipes.

Hoje, temos 15 equipes ágeis que estão dispostas dentro de dois projetos:

  • e-SUS APS: estratégia oficial do país para a informatização da Atenção Primária à Saúde nos municípios brasileiros, em parceria com o Ministério da Saúde.
  • Jornada do Estudante: projeto em parceria com o Ministério da Educação que promove a transformação digital da educação, acompanhando toda a trajetória acadêmica dos estudantes e integrando serviços como o Pé-de-Meia e a comunicação direta com o Ministério.

Nosso desafio era propor um método de trabalho que respeitasse as peculiaridades de cada contexto. Assim, desenvolvemos um método ágil de trabalho próprio que une Scrum, Kanban, SAFe e OKRs, com a adição da b_agile, nossa própria ferramenta.

A criação da b_agile

Criada em 2022, a b_agile é a nossa ferramenta própria para mensuração da maturidade ágil dentro das equipes de desenvolvimento, que ajuda a impulsionar o desenvolvimento de equipes de alto desempenho no Bridge.

Tudo começou em 2020, quando descobrimos a Roda Ágil, de Ana G. Soares (2017) e optamos por implementar o método, para assim compreender a maturidade ágil das nossas equipes e nos direcionar quanto ao amadurecimento.

 

 

Com o passar das aplicações, identificamos que precisávamos evoluir a ferramenta e criar algo que atendesse as nossas necessidades:

🎯 Propor mais desafios para as equipes de desenvolvimento;

🎯 Dispor de perguntas que pudessem ser aplicadas desde uma equipe júnior até uma equipe sênior;

🎯 Garantir que, por menor que fosse a evolução entre uma aplicação e outra, fosse possível representá-la através das notas da ferramenta.

 

Analisando essas demandas, a partir da Roda Ágil, aperfeiçoamos 3 aspectos

👍 Criação de 3 níveis de dificuldade: básico, intermediário e avançado;

👍 Alteração da granularidade do intervalo de notas da ferramenta para 0,25, sendo: básico (1-5), intermediário (5,25-8) e avançado (8,25-10);

👍 Criação de um aplicador próprio via web.

Assim, a b_agile reúne:

  •  21 categorias de perguntas distribuídas em 4 seções baseadas nos pilares do Modern Agile;
  • Perguntas no nível básico, intermediário e avançado para cada categoria, onde a equipe define qual nível aplicar;
  • Perguntas com base nas singularidades de cada projeto, onde é possível definir a % que deve ser atingida pelas equipes e/ou a frequência esperada;
  • Análise dos dados consolidados por projeto, que serve de termômetro para visualizar a saúde dos projetos em relação à maturidade;
  • Análise comparativa entre as aplicações, que transparece as categorias e equipes que tiveram aumento ou queda nas notas.

A ferramenta tem como objetivo avaliar coletivamente a equipe dentro dessas categorias, destacando os aspectos que precisam ser desenvolvidos para promover o avanço em maturidade. No Bridge, temos:

👉 A ferramenta: localizada em uma  planilha, para facilitar a gestão do conhecimento e possibilitar a criação de várias abas e visualizações. É nela que constam as instruções, a visualização de todas as perguntas, dados históricos das aplicações anteriores e análise entre ciclos. O intuito é centralizar em um só lugar o histórico das aplicações, possibilitando uma rica análise comparativa ao decorrer do tempo. Assim, a ferramenta é utilizada por todos os níveis da organização, como operacional (equipes ágeis), tático ( supervisores dos projetos) e estratégico (c-levels).

👉 O aplicador: uma aplicação web desenvolvida por bridgers para tornar a experiência mais atrativa – o uso dele é opcional.

 

O processo de aplicação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Até o momento, realizamos o processo da imagem à esquerda, onde as aplicações acontecem trimestralmente, alinhadas com o ciclo de OKR operacional do Bridge. 

Entretanto, após 5 anos mensurando a maturidade das equipes, primeiro através da Roda Ágil e depois por meio da b_agile, atingimos um nível de maturidade intermediário-avançado em todas as nossas equipes e percebemos que não fazia sentido manter uma aplicação tão recorrente.

No início, quando começamos a aplicação, ainda da Roda Ágil, as equipes demandavam, em média, 4 horas para aplicar a ferramenta. Com o passar dos anos e muita prática, atualmente as equipes demandam metade desse tempo. Ainda assim, é um desafio – considerando a quantidade de bolsistas do Laboratório Bridge – conseguir alocar duas horas dentro da sprint para realizar essa aplicação, além da realização das cerimônias ágeis. Ademais, as equipes perceberam que, mesmo identificando melhorias em uma aplicação, não estavam conseguindo encaminhar e implementar todas elas no período de 3 meses até a próxima aplicação.

Com isso, atualizamos o processo para a imagem à direita, onde a aplicação passa a ocorrer semestralmente. Optamos pela  aplicação semestral, cabendo à equipe manejar o que será alocado para cada um dos dois ciclos OKRs entre uma aplicação e outra.

Ou seja, nosso processo de aplicação atual é:

  • Quando acontece? 

Trimestral > Semestral

Disponibilizamos a ferramenta 3 semanas antes do prazo de aplicação e cabe às equipes se organizarem para aplicar dentro deste período. 

Obs: A aplicação está alinhada ao período em que a equipe terá mais membros presentes.

  • Quem participa?

Todos os membros da equipe devem participar ativamente da aplicação. No caso de novos colaboradores entrando na equipe,  devem participar  da aplicação como ouvintes.

No caso do designer, ele participa somente da aplicação da seção ‘valor a todo instante‘ visto que, normalmente, está alocado em mais de uma equipe e participará da aplicação da b_agile em todas as equipes que atua.

  • Onde?

É feita no nosso aplicador da b_agile, uma aplicação web própria baseada no Planning Poker*, que une as perguntas com o planning poker em um só lugar a fim de melhorar a experiência das equipes.

💡 O Planning Poker, é uma técnica gamificada e baseada em consenso para estimativas. Normalmente utilizado para estimar o backlog de produto.*

  • Como?

O acesso ao aplicador é via e-mail institucional. O Scrum Master possui uma visualização única para configurar a ferramenta para a aplicação e definir o nível que cada categoria será aplicada. Após configurada, o Scrum Master deve iniciar a aplicação e copiar o link para compartilhar com a equipe.

Durante a aplicação,  o que a equipe visualiza são as perguntas no nível configurado previamente pelo Scrum Master e o baralho com o intervalo de notas referente ao nível que a categoria está sendo aplicada. Os intervalos de notas são: 1 a 5 no nível básico, 5,25 a 8 no nível intermediário e 8,25 a 10 no nível avançado, sendo que o intervalo entre cada nota é de 0,25.


 

Utiliza-se então a técnica de Planning Poker para a aplicação, onde:

  1. A equipe discute o entendimento sobre cada tópico e as perguntas do nível escolhido;
  2. Após o entendimento, cada membro da equipe atribui uma nota (1 a 5 no nível básico, 5,25 a 8 no nível intermediário e 8,25 a 10 no nível avançado) ao tópico discutido; 
  3. Caso as notas atribuídas tenham uma variação maior do que 0.5 ponto, as pessoas que atribuíram a menor e a maior nota defendem sua decisão e vota-se novamente, até que os valores atribuídos não tenham uma distância maior de 0.5 ponto entre eles;
  4. Quando a diferença entre a maior e a menor nota for menor que 0.5, a equipe deve entrar em consenso de qual nota atribuir (por exemplo: a moda – nota que mais se repetiu).

Somente o Scrum Master possui a visualização abaixo, onde é possível identificar quem já votou,quais notas foram dadas, os campos de nota final (decidida pela equipe após o consenso) e observações que serão armazenadas para gestão do conhecimento.

 

Após finalizada a aplicação, cabe ao SM exportar os dados do aplicador via excel para armazenar na nossa planilha centralizadora, garantindo a gestão do conhecimento do histórico de aplicações da equipe, e agendar a discussão dos resultados obtidos para que haja encaminhamento de ações prioritárias para a evolução da equipe.

(Exemplo de preenchimento de dados advindos do aplicador para a planilha central)

 

A partir do preenchimento das informações das as equipes ágeis em um só lugar, é possível analisar os resultados obtidos por projeto, possibilitando o encaminhamento de ações para os supervisores.

 

Assim, é possível realizar uma análise comparativa entre ciclos, entendendo de  forma visual onde tiveram aumentos e quedas de notas.

A partir dessa análise, tanto as equipes como os supervisores conseguem compreender os problemas existentes de forma precisa. Reconhecendo que cada desafio é uma oportunidade de melhoria, a b_agile serve como base para a definição de OKRs dentro da organização.

 

Agora você já conhece a ferramenta, o nosso processo de aplicação e encaminhamento de melhorias para o avanço constante de maturidade nas equipes ágeis de desenvolvimento do Laboratório Bridge. 

Se interessou em aplicar a b_agile na sua organização? Estamos disponibilizando-a em conjunto com um e-book explicativo! Para conferir, acesse clicando aqui.

Caso queira saber mais detalhes sobre a ferramenta e as singularidades do nosso processo ágil, pode nos procurar no Instagram ou LinkedIn 😊

 


 

Gostou de conhecer a nossa ferramenta? Por aqui sabemos bem que #CompartilharDá+XP 💙

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Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC). Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da gestão pública,  com parcerias firmadas com o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Educação.

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