Desenvolver para entidades públicas: qual a diferença para desenvolver para o governo?
Tempo de Leitura: 4 minutos

Gestão pública x meio privado: qual a diferença de desenvolver sistemas para o governo?

Entenda as principais características de trabalhar com o desenvolvimento de soluções tecnológicas em prol do benefício social

Fabiana Magarrote

Você já se perguntou quais as diferenças entre desenvolver produtos para fins privados e para entidades públicas? 💡

Aqui no Bridge, desenvolvemos softwares para o governo! Ou seja, nossos produtos são voltados para o bem público. Por isso, nosso trabalho pode ser um pouco (ou muito) diferente do que é feito em meio privado.

Para falar um pouco sobre a experiência de fazer parte de um Laboratório universitário com foco na gestão pública, nosso blog de hoje é com a Fabiana Magarrote, Product Owner aqui no Bridge. Ela trouxe alguns aspectos que mostram como o nosso trabalho é diferenciado!

Para ler o seu relato, é só continuar com a gente. 👇

  • Desenvolvimento de produtos para benefício social
  • Solicitação e entrega dos produtos
  • Formação de profissionais
  • Cultura e ambiente organizacional

Desenvolvimento de produtos para benefício social

Seja no processo de solicitação de um novo produto, desenvolvimento, entrega ou retorno, toda atividade tem um propósito maior: contribuir para o bem das pessoas através do desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para a gestão pública

Para você ter uma noção, nós desenvolvemos a estratégia que concretiza a informatização da Atenção Primária em Saúde do SUS, o e-SUS APS. Esses sistemas são desenvolvidos com base nas cartilhas do Ministério da Saúde, para que os profissionais da saúde sigam um modelo de regras e padrões de atendimento ao cidadão.

Ou seja, nossos produtos servem para otimizar os processos voltados para os brasileiros! Tudo isso nos motiva a entregar sempre o nosso melhor em projetos que mudam vidas de profissionais e cidadãos que utilizam o sistema público de saúde. Queremos fazer parte do desenvolvimento de soluções que ajudem as pessoas!

Sabemos que o valor investido neste projeto está sendo muito bem empregado para o bem da população que mais precisa. É o meu e o seu dinheiro que está tendo bom uso! Por isso, tenho orgulho de compartilhar um sentimento de missão sendo cumprida. 

Da solicitação a entrega dos produtos

Por sermos um Laboratório integrado aos Centros Tecnológico e  de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nosso processo ocorre como os da universidade. 

A partir de Termos de Execução Descentralizada (TED), órgãos como o Ministério da Saúde trazem projetos para que a gente desenvolva – esse foi o caso do Prontuário Eletrônico do Cidadão, o PEC.

A partir do momento que o projeto está em nossas mãos para ser desenvolvido, as metas são alocadas para as equipes ágeis, que utilizam etapas de desenvolvimento para atingi-las. Nosso processo ocorre de acordo com o nosso próprio modelo de processo de UX, o b_thinking! Nele, passamos por etapas como ideação, prototipação, validação, refinamento e melhoria contínua.

Em processos feitos para a saúde, temos a participação do Ministério da Saúde, formado por um grupo de trabalho de funcionários que utilizam o PEC no dia a dia, que mantém contato semanal com as equipes ágeis. Na homologação de versões maiores, há a participação da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), para que possamos desenvolver e entregar funcionalidades incríveis e mais aderente à realidade dos profissionais.

Outro ponto interessante é que temos municípios pilotos, que utilizam o sistema no ambiente de produção para que tenhamos feedbacks. Assim conseguimos identificar problemas antes de escalar a versão para todos os municípios. Após esse período, a versão é enviada para que todos os municípios do Brasil atualizem seus sistemas.  

Formação de profissionais

Outro diferencial do nosso trabalho para entidades públicas é que somos uma organização que não visa o lucro em valores, mas o lucro em satisfação! Por sermos um Laboratório da UFSC, temos como meta formar profissionais competentes

Boa parte dos bridgers são bolsistas e estagiários estudantes da UFSC, que estão aqui para aprender e crescer.

Além disso, temos uma forte cultura de aprendizado constante. Temos a abertura para dedicar tempo para estudo e aplicação de conceitos e conhecimentos dos mais variados. Ainda temos a oportunidade de aplicar as melhores e mais atuais práticas no desenvolvimento de software! 

O Laboratório permite que os bridgers estejam sempre atualizados quanto a tecnologias e metodologias atuais, se desenvolvendo com base no que é mais utilizado no mercado de trabalho. O modelo Agile e tecnologias como Kotlin, Spring, Typescript, React e GraphQL são alguns exemplos.

Aqui também temos o projeto chamado b_Up, que permite que os bridgers possam utilizar parte do seu tempo de trabalho para #ExplorarNovosMundos. Ou seja, estudar ou desenvolver novos projetos. É um momento dedicado à capacitação!

Cultura e ambiente organizacional

Outro ponto a ser destacado é a cultura e o clima organizacional! Em relação ao mercado, temos um clima diferenciado por conta do propósito do Laboratório, que é muito humano.

Nós temos uma gestão participativa, transparente e um clima muito agradável para se trabalhar. E, visando uma melhor qualidade de vida, há diversas programações, eventos, competições de jogos e comemorações para integração dos bridgers. 

Tudo isso sem comprometer a entrega dos projetos, que são realizados com excelência por equipes ágeis de desenvolvimento.


Todas essas etapas são importantíssimas e nos ajudam a aumentar a qualidade nas entregas e funcionalidades mais aderentes ao usuário final. Porém, a principal diferença entre desenvolver para entidades públicas é trabalhar com propósito na Pesquisa e Desenvolvimento em TI voltada a população que mais precisa, qualificando a gestão pública e visando o benefício social.


E aí, curtiu o relato da Fabiana? 

Se você gostou desse artigo, dá uma olhada nos outros conteúdos que temos no blog do Laboratório Bridge!


O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

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