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Retrospectiva de Sprint: o que é e como implementar

Para te ajudar na melhoria contínua do trabalho, o bridger Raphael traz dicas valiosas e conta os passos para desenvolver uma boa retrospectiva.

Conteúdo produzido por Raphael Furtado e Marina Soares

Ufa, acabou a Sprint! Foi difícil, mas como que eu vou saber o que pesou tanto? Por que será que eu fiquei tão cansado? Como posso melhorar para  o próximo ciclo? 🤔

Todas essas e muitas outras perguntas podem ser respondidas com a implementação da Retrospectiva de Sprint na sua equipe. Com ela, o time analisa o processo de trabalho do ciclo passado e encaminha melhorias e soluções para as dificuldades que aconteceram.

E aí, bora entender melhor o que é uma Retrospectiva de Sprint, como implementar e, de brinde, ler dicas valiosas que vão fazer a diferença na sua análise? Vem com a gente. 👇

O que é uma Retrospectiva de Sprint?

Lá no final do calendário, quando tudo que a equipe já havia programado para fazer na sprint já foi finalizado, ocorrem duas cerimônias bem importantes: a Retrospectiva de Sprint e a Revisão de Sprint. 

A Retrospectiva de Sprint é reservada para entender as atividades e processos realizados pela equipe. Já na Revisão de Sprint, o foco fica em validar as entregas, tentando garantir sempre a entrega de valor ao cliente ou usuário. Hoje vamos falar sobre a retrospectiva, mas fica de olho que em breve teremos um conteúdo sobre a etapa de revisão da sprint. 😉

Essa é uma das cerimônias da metodologia ágil Scrum, um framework de gerenciamento de projetos que apoia na definição das prioridades até a organização do trabalho da equipe, focando na remoção de impedimentos e evolução do padrão de entrega de produtos.

E o que você ganha com essa retrospectiva?

Uma das grandes vantagens dessa metodologia é o seu ciclo curto de reflexões, já que os feedbacks acontecem sempre ao final de uma Sprint. As sprints têm duração variável, escolhida pela necessidade de cada equipe. É aconselhável que não seja muito longa, justamente para que não se percam as noções dos pontos positivos e negativos do período e as validações constantes tanto da equipe quanto do cliente. Aqui no Bridge, por exemplo, a maioria das equipes adotam sprints de duas semanas.

Na etapa da Retrospectiva de Sprint, o maior foco deve ser nos pontos que diminuem o desempenho e produtividade da equipe. Os motivos são os mais variados, como uma atividade mal especificada, falta de alinhamento, divisão equivocada de tarefas e assim por diante. Entendendo isso, a sua equipe pode mudar as estratégias e tentar uma nova abordagem de sucesso.

Ou seja, com uma boa aplicação da Retrospectiva de Sprint fica mais fácil tornar a equipe mais produtiva, entrosada, aberta e feliz!

Mas como implementar?

No começo da caminhada ágil, os parâmetros dessa cerimônia são qualitativos, sendo expressos pela opinião dos membros. A evolução para as métricas, que são os parâmetros quantitativos, deve ser leve e gradual. 

Uma ferramenta interessante para esse estágio inicial é utilizar o “Começar, continuar e parar”. No tópico “parar” a equipe discute como fazer para que os erros não se repitam nas próximas sprints. Ideia semelhante para o “continuar”, mas as ações que são benéficas e devem permanecer. No “começar” entram ideias que possam favorecer o desempenho da equipe. 

O próximo passo é começar a implementar alguns indicadores que demonstraram de maneira mais clara como está o desempenho da equipe. Quando se entra no campo das métricas, existe uma grande variedade, cada uma medindo e ajudando em um ponto específico. Por exemplo, o WIP (Work in Progress) favorece a interdisciplinaridade dos membros e a entrega constante, além de diminuir a concentração de atividades em uma determinada etapa. 

Nesse ponto, entra o que a equipe busca melhorar e controlar com mais eficiência na sua etapa de caminhada ágil. Mas como saber onde eu estou nessa caminhada? E como progredir? Existem algumas ferramentas para esse fim, uma delas é a Roda Ágil, uma metodologia utilizada pelas nossas equipes aqui no Laboratório Bridge. 

Ah, mais uma coisa! Conforme a equipe for amadurecendo no processo e na quantidade de métricas, é importante buscar a automação delas! Assim, você não gasta  muito tempo no preparativo da reunião. 

Não basta aplicar, tem que ficar ligado nas dicas valiosas:

Algumas dicas simples podem ser a chave para o sucesso da sua retrospectiva! Dá uma olhada.

Deixar o time à vontade

É importante que os integrantes confiem uns nos outros e se sintam à vontade para expressarem suas opiniões. Dessa forma, a evolução se torna muito mais fácil.

Métricas devem apontar pontos de melhoria, não falhas
Quem conduz a cerimônia deve deixar claro que esse momento de análise não serve para apontar falhas individuais, mas para entender o que a equipe como um todo pode fazer para crescer.

A evolução é individual de cada time

Respeitar o tempo do processo é essencial. Caso tente acelerar a adaptação da equipe, podem ser criados bloqueios e resistências. É sempre importante entender que se lida com pessoas e que elas são únicas e passam por dificuldades.

Tenha um histórico para que depois possam comemorar a evolução 🙂

Bora arquivar tudo para depois ver como as coisas melhoraram? Muitas vezes evoluímos em processos e não percebemos, mas é importante ter consciência das mudanças. 

Bônus: a métrica valiosa aqui do Bridge

E uma dica valiosa, que utilizamos aqui no Bridge: a métrica da felicidade.

A mesma foi retirada do livro “Scrum: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo” e consiste no relato pessoal de cada integrante do time sobre como se sentiu na sprint. 

Para o designer Rodolpho Malvestiti, bridger que está aprendendo sobre a retrospectiva e ajudando na adaptação da técnica na equipe de Social Media aqui do Laboratório Bridge, a experiência da retrospectiva de Sprint com a métrica da felicidade tem sido positiva.

 “Recentemente implementamos técnicas mais estruturadas na cerimônia de retrospectiva na equipe de Social Media, e isso tem feito ela muito mais imersiva e proveitosa. Os integrantes da equipe tem mais abertura para falar sobre seus sentimentos e aspectos técnicos da Sprint, o que está melhorando a relação de todos!” 

Rodolpho Malvestiti, designer da equipe de Social Media

O Laboratório Bridge atua no Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC), com equipes formadas por bolsistas graduandos, pós-graduandos e profissionais contratados. É orientado por professores do CTC e do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC).

Desde 2013, desenvolvemos sistemas e aplicativos para gerenciamento da saúde pública em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

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